Cultura
Derrubada de terras indígenas impactam a saúde brasileira
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As terras indígenas preservadas têm um impacto positivo na saúde humana, evitando cerca de 15 milhões de casos de doenças respiratórias e cardiovasculares por ano no Brasil, o que leva a uma economia de R$10 bilhões nos cofres públicos, de acordo com um novo estudo. Publicado na revista científica Communications, Earth & Environment, do grupo Nature, o estudo inédito foi conduzido por pesquisadores que calcularam o impacto das terras indígenas preservadas na saúde humana. A análise aponta que essas áreas têm um papel vital na filtragem da poluição gerada pelas queimadas, que é a principal fonte de poluição na Amazônia. A fumaça preta liberada pelas queimadas entra nos pulmões, passa para o sistema sanguíneo e pode provocar doenças respiratórias e cardiovasculares, acidente vascular cerebral, enfisema, câncer de pulmão, bronquite, asma, dor no peito, problemas cardíacos e aumenta o risco de morte.
Os autores do estudo também afirmam que os números encontrados podem estar subestimados, já que a fumaça tóxica liberada pelas queimadas pode viajar por muitos quilômetros, afetando populações distantes dos incêndios. Segundo dados do Ministério da Saúde, doenças do aparelho respiratório e circulatório estão entre as principais causas de internação hospitalar no Brasil. Idosos, crianças, mulheres grávidas e pacientes com doenças cardiorrespiratórias ou doenças crônicas prévias são mais expostos ao risco.
Para Dinaman Tuxá, coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), a ciência comprova o conhecimento tradicional dessas populações, que têm contribuições benéficas para toda a humanidade. O estudo ressalta a importância das terras indígenas para conter inúmeras enfermidades globais, como as mudanças climáticas e o efeito na saúde gerado pelas queimadas.
Saúde é política
Um novo estudo publicado na revista científica Communications, Earth & Environment do grupo Nature mostra que as terras indígenas conservadas na Amazônia ajudam a evitar cerca de 15 milhões de casos de infecções respiratórias e cardiovasculares por ano, resultando em uma economia de R$ 10 bilhões nos cofres públicos brasileiros. Essas áreas têm uma ação vital na filtragem da poluição, principalmente aquela causada pelas queimadas, que é a principal fonte de poluição na Amazônia. As folhas das árvores atuam como um biofiltro e removem a poluição absorvendo as partículas nocivas pelos estômatos, melhorando a qualidade do ar. Os pesquisadores descobriram que os territórios indígenas têm uma capacidade de absorção de poluentes maior do que a sua área correspondente, e eles podem filtrar até 27% dos poluentes lançados no ar pelas queimadas, embora cubram quase 22% de toda a Amazônia.
Os territórios analisados têm uma ação vital contra as queimadas que causam muitos males aos humanos e são a principal fonte de poluição na Amazônia. O resquício da fumaça preta liberada entra nos pulmões, pode passar para o sistema sanguíneo e provocar doenças respiratórias, cardíacas, acidente vascular cerebral, enfisema, câncer de pulmão, bronquite, asma, dor no peito, problemas cardíacos, além de aumentar o risco de morte.
O estudo mostrou também que um número menor de infecções foi encontrado em municípios com áreas mais florestadas e com baixo nível de fragmentação, o que provavelmente está relacionado à capacidade potencial da Floresta Amazônica em absorver MP2,5. A pesquisa mostrou que um número menor de infecções foi encontrado em municípios com áreas mais florestadas e com baixo nível de fragmentação, o que provavelmente está relacionado à capacidade potencial da Floresta Amazônica em absorver MP2,5.
Os pesquisadores sugerem que o dinheiro que o Estado economiza em internações ao manter a Floresta Amazônica seja usado para promover ações de conservação e garantir os direitos dos povos indígenas. “Está mais que justificado que precisamos de fortalecimento da política indigenista, das brigadas indígenas para conter queimadas, da demarcação e fiscalização. O Estado também deveria punir seriamente quem provoca o fogo, que gera tantos danos ambientais e para a saúde, além dos custos”, sugere Dinaman Tuxá, coordenador executivo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib).
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