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Dia Histórico: jovens brasileiros ganham prêmio da Nasa com projeto de Inteligência Artificial

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Dia Histórico: jovens brasileiros ganham prêmio da Nasa com projeto de Inteligência Artificial

Um grupo de brasileiros ganhou destaque recentemente ao receber um prêmio da NASA pelo seu projeto de inteligência artificial (IA) voltado para a detecção de vazamentos de óleo nos oceanos. O sistema, batizado de Poseidon, utiliza imagens de satélite, algoritmos e IA para identificar manchas causadas por vazamentos de óleo, o que pode ser uma importante ferramenta para monitorar e combater desastres ambientais.

O prêmio foi concedido durante o Nasa Space Apps Challenge, uma competição internacional que busca soluções inovadoras para desafios espaciais e terrestres a partir de dados fornecidos pela agência espacial americana. A premiação ocorreu na sede da NASA em Washington, D.C., nos Estados Unidos, em março de 2023.

O grupo de desenvolvedores brasileiros ganhou o prêmio do Nasa Space Apps Challenge em 2019, após criar um projeto de inteligência artificial capaz de detectar vazamentos de óleo no oceano em apenas 48 horas. A solução, chamada de Poseidon, utiliza imagens de satélite e algoritmos para identificar manchas de petróleo e alertar os órgãos responsáveis, minimizando o impacto socioeconômico e ambiental.

De acordo com as informações divulgadas pela equipe no site da NASA, a solução consiste em uma API, que pode ser integrada a outros softwares e aplicativos. O designer, programador e empreendedor Felipe Ribeiro Tanso, um dos membros da equipe, explicou que a API possui uma inteligência artificial que checa as imagens capturadas por satélite e retorna a probabilidade de haver manchas de óleo em uma determinada região do oceano.

Além disso, o tecnólogo e cientista de dados Ricardo Ramos, outro integrante da equipe, afirmou que a solução se baseia nas chamadas “redes neurais” e foi aprimorada com atalhos para tornar o processo mais rápido. O objetivo do projeto é facilitar o monitoramento e a mitigação de desastres ambientais causados por vazamentos de petróleo.

A equipe vencedora do Nasa Space Apps Challenge teve a oportunidade de visitar a sede da NASA em Washington, onde conheceu cientistas responsáveis por diversas missões espaciais, como a missão Artemis, que tem como objetivo levar o homem de volta à Lua. Tanso afirmou que a experiência foi emocionante e que estar na sede da NASA foi como realizar um sonho de infância.

O projeto Poseidon é um exemplo de como a inteligência artificial pode ser utilizada para resolver desafios ambientais e contribuir para a preservação do meio ambiente. A solução desenvolvida pelos brasileiros pode ser uma importante ferramenta para monitorar e prevenir desastres ambientais causados por vazamentos de petróleo no oceano, ajudando a proteger a vida marinha e minimizando o impacto socioeconômico desses eventos.

Os desenvolvedores do projeto Poseidon, que ganhou o prêmio do Nasa Space Apps Challenge em 2019 por sua solução de inteligência artificial para detectar vazamentos de óleo no oceano, tiveram como inspiração as manchas de óleo que apareceram no litoral brasileiro naquele mesmo ano. Segundo o texto do projeto, milhares de toneladas de óleo são despejadas nos oceanos todos os anos, e a mancha de óleo que atingiu o litoral brasileiro estava afetando a biodiversidade do Atlântico Sul e prejudicando socioeconomicamente as regiões afetadas.

Mais tarde, investigações concluíram que o petroleiro Bouboulina, de bandeira grega, foi o responsável pelo dano. A equipe vencedora do Nasa Space Apps Challenge planejava visitar a sede da NASA em Washington em 2020 para acompanhar o lançamento espacial do rover Perseverance, mas a pandemia acabou dificultando os planos da viagem. A visita foi adiada para 2023, com mudança do cronograma e do local.

Apesar do apoio de algumas empresas para patrocinar a viagem, a NASA não se envolve em nenhuma responsabilidade financeira. O projeto Poseidon é um exemplo de como a inteligência artificial pode ser utilizada para mitigar os efeitos negativos dos vazamentos de óleo no oceano, protegendo a biodiversidade marinha e minimizando o impacto socioeconômico desses eventos.